Gabriel Nast: recortando linguagens, colando conceitos!

 

Gabriel Nast. "Bailarina Híbrida". Colagem sobre Madeira, 40cm x 30cm. 2009.

Relevando-se de conceitos e pós-conceitos em respeito à construção/composição da imagem, não é novidade que a técnica Colagem esteja no ranking das técnicas pictóricas "despojadas". A Colagem é lúdica, é divertida, é experimental e conceitual; é também a real e tátil explicação ao que se refere à sopreposição das superfícies em um trabalho plástico (sobre suporte plano). Dessa forma, é a partir da Colagem que os elementos se configuram uns sobre os outros, de fato.

O artista plástico Gabriel Nast trabalha suas colagens de tal maneira que interage materiais de diferentes proporções e origens. Retirados dos mais diversos meios: jornais, revistas, cartazes, embalagens, etc - Nast transforma o íntimo de cada línguagem e o detalhe pouco perceptível em uma nova cena e até mesmo um novo conceito. Em trabalhos como "Bailarina Híbrida" e "Um Cavalheiro nada Sentimental" sua poética se caracteriza pelo estilo Simples, devido à leveza de sua composição. São poucos recortes, porém, incisivos em suas informações - e trazem como contribuição para uma possível leitura da obra, seus títulos.

Gabriel Nast. "Um Cavalheiro nada Sentimental". Colagem sobre Madeira, 40cm x 40cm. 2009.

No seu dia-a-dia Gabriel recolhe os materiais e os guarda até que o momento certo para a construção de uma colagem o incite. Suas temáticas surgem do "jogo" da montagem. A Colagem, nesse sentido, traduz o sentimento da brincadeira, pois em meio a escolha de uma "peça" ou outra é que se forma o Quebra-Cabeça, nada linear, ou seja,  desloca mundos conhecidos a terras nunca habitadas. 
Algumas vezes materiais como a tinta e o spray entram em ação, e, assim, o artista agrega a  suas colagens uma certa turbulência. Dessa mistura surge o estilo Excessivo - melhor representado em "Resto de Sonho" e "Buraco Mágico" - no aglomerado de informações a colagem de Gabriel Nast ora está em primeiro plano, ora em segundo, ou simplesmente, em todos os planos, pois se entremea com a pintura gerando uma confusão que é interessante - suscita a descoberta de significados - a poesia cresce e se converte em literatura. O universo da fantasia também é de extrema profundeza nas colagens de Gabriel: "os recortes são do mundo todo e de diversas épocas, uma verdadeira mistura de histórias, culturas. Um encontro sem tempo definido", afirma.

 

Gabriel Nast. "Resto de Sonho". Colagem sobre Madeira, 100cm x 70cm. 2009.

É certo que uma colagem tem por particular - ou seja, o que a define como técnica - o tipo de ação em que nela é exercida. As mãos tocam a superfície planificando e bidimensionalizando certos tridimensionalismos. A cola é seu elemento principal e a tesoura sua guia.

O trabalho de Gabriel desdobra a Colagem para além da técnica. Desvirtua-se para seu universo paralelo fazendo de sua criação, inclusive, uma auto-reflexão. Apoia-se na análise do grande artista plástico Tide Hellmeister (renomado na arte da Colagem brasileira), de que  "a Colagem é inquietude", e reverbera assim, sentimento e conhecimento fragmentados em papéis.

 

 Gabriel Nast. "Buraco Mágico". Colagem sobre Madeira, 70cm x 100cm. 2009.

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El Collage es divertido, es experimental y conceptual, también es la real y táctil explicación respecto a la sopreposición de superficies en una obra plástica (sobre el soporte plano).

El artista Gabriel Nast trabaja sus collages de modo que interactúa materiales de diferentes proporciones y orígenes. Retirado de diferentes medios de comunicación: periódicos, revistas, carteles, embalajes, etc - Nast transforma el corazón de cada lengua en particular en un nuevo escenario e incluso un nuevo concepto. En obras como "Bailarina Híbrida" y "Um Cavalheiro nada Sentimental" su estilo poético se caracteriza por la sencillez debido a la ligereza de su composición. Los recortes son pocos pero incisivo en su información - y presentan como una posible contribución a la literatura sus propios títulos.

En su día a día Gabriel recoge los materiales y los mantiene hasta el momento adecuado para construir un collage. Sus temas surgen del "juego" del montaje. La unión en este sentido, expresa el sentimiento del " jugar" , porque en medio de la elección de uno u otro pedazo forma rompecabezas, no linear, es decir, lleva los " mundos conocidos " de la "tierra no habitada".

A veces, los materiales como la pintura y el aerosol entran en acción, y por lo tanto el artista suma a sus collages algunas turbulencias. De esta mezcla viene estilo excesivo - mejor representados en "Resto de Sonho" y "Buraco Mágico" -  El collage ahora está en primer plano, a veces en el segundo o en cuestión de segundos, a todos los niveles, porque si intercala con la pintura creando una confusión que es interesante - suscita el descubrimiento de significados - la poesía crece y se convierte en literatura. El universo de la fantasía también es muy profunda en los collages de Gabriel: "Los cortes son de todo el mundo y de distintas épocas, una auténtica mezcla de historias y culturas. En una reunión de duración indefinida", dijo. 

 Es cierto que la Collage tiene particularidades - es decir, a lo que define su técnica -  como el tipo de acción que en ella se ejerce. Las manos tocan la superficie y el aplanan bidimensionalismos en tres ciertas dimensiones. La goma de pegar es su principal elemento y la tijera, su guía.

El trabajo de Gabriel se desarrolla más allá de la técnica. Distorsiona a su universo paralelo haciendo de su creación, una auto-reflexión. Se basa en el análisis del gran artista Tide Hellmeister (conocido en la técnica del collage de Brasil), que "Collage es una inquietud", y repercute de esta manera, el sentimiento y el conocimiento en papeles fragmentados.

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Gabriel Nast, 24 anos.

Nasceu em Minas Gerais onde iniciou sua 

carreira artística, logo, mudou-se a São Paulo 

para ampliar seu conhecimento e produção.

Vive e trabalha em São Paulo.

+ sobre o artista:

 http://www.flickr.com/photos/nast_vida