sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Fotomontagem Feminista.

 
Hannah Hoch. "The Beautiful Girl". Fotomontagem. 1920.


Hannah Hoch foi uma das artistas atuantes do movimento dadaísta alemão. Me interessa seu trabalho de fotomontagem principalmente quando trazem a temática Feminista. Hannah Hoch foi precursora do trabalho com papéis, mais especificamente os recortes de revistas e jornais. Sua principal discussão (além da crítica à política) era o comportamento feminino moderno em relação a mulher colonial. Desde esse período, já se notava a pressão das propagandas de beleza e moda destinadas às mulheres. Na obra acima, Hannah discute a Beleza como aniquilação do Pensar, também, o Tempo se torna refém da indústria "TopModel", representado por um relógio na obra apresentada. Os minutos correm contra a beleza natural e espontânea e a favor das grandes indústrias de cosméticos.

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Hannah Hoch fue una de las artistas atuantes del movimiento dadaísmo de alemaña. Lo que me interesa de su trabajo es el fotomontage principalmente cuando traen como tematica el Feminismo. Hannah Hoch fue la precursora del trabajo con papeles, en especial los recortes de las revistas y los periódicos. Su principal discusión (además de la crítica a la política) era el comportamento feminino moderno relacionado a la mujer colonial. Desde ese período, ya se hacía notar la presión puesta por las propagandas de belleza y moda destinadas a las mujeres. En la obra arriba, Hannah plantea la Belleza como el quitar del Pensar, también, el Tiempo se vuelve rehén de la indústria "TopModel", representado por um reloj en la obra presentada. Los minutos corren contra la belleza natural y espontánea y en favor de las grandes indústrias de cosméticos.


Mais trabalhos da artista:

Abraços y Saludos a todos!!!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Neiliane Araújo: Entre fios, tecendo rios.



Neiliane Araújo. "Varal 16". Colagem digital e Desenho. 2010.

Entre uma ponta e a outra, o fio que tece o Varal suporta os mais diversos objetos do cotidiano, curiosamente "expostos ao sol". A artista trabalha a idéia do "secamento" dos objetos - sentimentos, com a série Vou deixar Secando: desenhos sobre fotografia, ou apenas sobre papel.
O percurso da arte de Neiliane caminhou por terrenos como a Instalação e o Site Specific, além de momentâneas ações urbanas. Porém, o momento atual - ou melhor, dos últimos dois anos de trabalho - são as experimentações com o desenho. Dentre as facetas que lhe apresentou o desenho, podendo ser inclusive digital, sua fascinação por linhas resulta em temáticas que vão mais além do que o próprio conceito de desenhar.



  Neiliane Araújo. "Varal 18". Colagem digital e Desenho. 2010.

Em seus trabalhos determina suas indecisões, angustias ou certezas por meio do objeto exportado para o papel, com leveza. A idéia do varal sugere um momento de reflexão, muitas vezes situações corriqueiras trazem a sua carga de cobrança de um "algo" que não se pode dar. O melhor, para a artista, é pendurar qualquer incerteza no varal, pois o tempo e o sol secarão o impasse:

Colecionei uma série de elementos capazes de embaraçar o passo da dança. Imaginei que tivessem assistentes e estes, enfim, compareceram também ao cenário que criei. Atuam como símbolos da circunstância. Todos serão estendidos no varal.
Secando: ação contínua. Do mesmo modo que os estendo, os prorrogo e amplio sua contingência e sua posição no universo. (Neiliane Araújo)



 
  Neiliane Araújo. "Ainda que eu tivesse asas, escolheria emaranhar-me". Colagem. 2007.


Em outras produções fez uso da colagem para significar o sentimento contínuo de fio. Os pássaros são recorrentes em sua obra transferindo a eles a metáfora de uma liberdade consciente. Neiliane e sua poética se misturam como a vida e a arte. Nas colagens fez uso do fio de arame e objetos de plásticos sobre o papel paraná. A dimensão é outra, porém, a presença do Varal já era uma antecipação à tudo o que estava por vir. 
A arte de Neiliane é poesia. Sua linguagem comunica de forma sutil a construção do auto-conhecimento em breves avisos.

Qual é o seu preconceito com a auto-ajuda?
Eu ainda tenho os meus, bem guardados aqui. Faço uso deles quando para uso são.
De pareceres insensatos, bastam-me os elementos estendidos no varal. (Neiliane Araújo)

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Neiliane Araújo, brasiliense, 28 anos.
Formou-se pela Universidade de Brasília em
Artes Plásticas, 2006.
Vive e trabalha em São Paulo, SP.


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O Kurt e a Arte Merz.

Alinhar ao centroKurt Schwitters. Sem Título. Colagem. 1930-31.

Essa colagem de Schwitters faz parte de sua fase "Merz" assim intiulada por ele próprio. Essa palavra não possui um significado concreto (no sentido de que a palavra implique na existência de algo real), portanto, ela significa uma fase de produção na obra do artista que é, justamente, a fase dos trabalhos de colagem. Entre tesouras e recortes, um pedaço da palavra Kommerzbank (banco de comércio, em alemão) lhe caiu como uma luva, já que tudo o que lhe faltava era um "algo" que definisse o que ele estava criando.
Fatos "engraçados" entremearam essa história das colagens de Kurt, tais como, ele ter sido excluído do grupo dos dadaístas (que faziam colagem anti-arte) e ter tido parte de sua obra em papel queimada e rasgada dentro de seu antigo apartamento abandonado pós exílio para a Noruega. Tais fatos, legitimam a colagem feita nesse período como objeto de insulto ao Visual. Kurt, na verdade, encontrou ali uma forma de expor seus sentimentos pela sociedade burguesa, a qual vivia, porém, não fazia uso da sua arte para criticar mazelas, e sim, para exportá-las para algo visível e que pudesse ser discutido, pensado e criticado. Ou seja, a arte Merz, foi o seu "portal". Boa parte dos materiais utilizados por ele nos trabalhos eram restos de papéis, tecidos, tickets e afins sem utilidade. Ele afirmava que não importava o material e sim a forma. Nesse ponto, eu discordo de sua posição, apesar de ser admiradora de sua obra. Acredito que o material é de suma importância para o trabalho de colagem, assim como sua forma. Porém, opiniões a parte, está aí sua obra, e essa postada hoje foi escolhida por sua delicadeza formal. A mistura entre imagem de revista e pedaços de papel cartão foi ideal. "Dois pesos e duas medidas"'.


Super abraços!


Imagem retirada do blog:
http://mazaroio.blogspot.com
e que por sinal está muito bom.