quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Viviana Debicki: Sueños tejidos por manos despiertas.

 
Viviana Debicki. "Série Para Remendar Corazones". Foto impressa em Tela e Costura. 2009.


Viviana Debicki. "Série Para Remendar". Foto impressa em Tela e Costura. 2009.

 

Entre agujas, hilos y buena dosis de recuerdos trabaja la artista plástica argentina Viviana Debicki. Su búsqueda trata de revelar los misterios que por mucho se quedan archivados adentro de los cajones olvidados agarrando polvo. De manera antropológica, lo que hace Viviana es investigar la historia de personas comunes pidiéndoles fotografías antiguas, objetos personales no más utilizados y además chucherías. Con este material expone, es decir, pone afuera, todo lo guardado, todo lo intocable, todo lo memorable. La serie "Para Remendar Corazones" los recuerdos de la pareja son intervenidos por el hilo rojo. Es un trabajo tan delicado cuanto es delicada la situación de una separación, sea como fuera. En este punto, lo que plantea la artista es una intensa poetización de lo íntimo, la que está muy bien representada por el liviano lienzo. Recuerdos son como pañuelos, revestidos de sudor, lágrimas y garabatos.




Viviana Debicki. "Série Costureros". Foto e Mista sobre Caja de Madera. 2009.

Sigue la escena en la serie "Costureros", con una mescolanza de pequeños detalles de una sola persona. De hecho, todo se reúne en una caja, las de costura que utilizaban las abuelas. La ternura se aproxima del universo femenino de siglos pasados cuando las actividades manuales atravesaban la vida de una mujer desde la niñez. Sus cajas, además de artefactos de costura, guardan los recuerdos de otra época, sin embargo, se reabren para hacer parte del presente momento, que se ha costurado a lo largo de los años entre puntas de agujas y el cariño de las nuevas generaciones.
Luego, en la serie "Para Bordar Ilusiones" se transportan sentimientos de la "niña" interior de la mujer. Sobre los vestidos de muñecas (de las dueñas) son bordadas sus historias, con materiales cedidos también por la inspirada. Es una poesía visual  sumerja en el simbolismo que las prendas poseen.


Viviana Debicki. "Série Para Bordar Ilusiones". Vestido de Boneca e Mista sobre Tela. 2009.

Viviana Debicki construye objetos-retrato. Trabaja su lenguaje desde la mirada interior, del cotidiano, del universo paralelo hogareño. Trata de evidenciar la certeza momentánea, el segundo del tiempo que ha pasado, el instante representable. Se unen tiempo y ausencia re significando sueños. Sueños que se volvieron realidad, realidades que se volvieron recuerdos.

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Entre fios, agulhas e uma boa dose de recordações trabalha a artista plástica argentina Viviana Debicki. Sua pesquisa têm como foco desvendar mistérios das gavetas, arquivados, cheios de pó e esquecidos pelo tempo. Antropologicamente o que faz Viviana é investigar a história de pessoas comuns pedindo-lhes fotografias antigas, objetos pessoais não mais utilizados e demais quinquilharias. Com esse material expõe, ou melhor, exporta para o lado de fora tudo o que está guardado, tudo o que é intocável, tudo que é memorável. Na série "Para Remendar Corazones" a costura feita por uma linha vermelha intervém nas lembranças do casal.  O trabalho é tão delicado quanto a situação de uma separação, seja ela no plano físico ou espiritual. Nesse sentido, a artista se dedica a poetizar o Íntimo, muito bem representado pelo tecido leve de algodão. As recordações são como lenços, encobertos por suor, lágrimas e rabiscos.
Sua pesquisa continua com a série "Costureros", com a miscelânea de pequenos detalhes de uma só pessoa . Bem apropriado ao título da obra, tudo se reúne em uma caixa, como aquelas de costura das avós.  A meiguice indica uma atmosfera feminina de séculos passados, quando as atividades manuais atravessavam a vida de uma mulher desde a infância. Suas caixas possuem artefatos de costura e guardam os objetos que relembram outra época, no entanto, essas caixas se reabrem para fazer parte do momento atual - momento existente por ter sido costurado ao longo de anos uma relação familiar.
Em seguida, na série "Para Bordar Ilusiones" são transferidos os sentimentos da menina que há na mulher. Sobre os vestidos de antigas bonecas (de suas próprias donas) são bordadas suas histórias decoradas por acessórios também cedidos. É uma poesia visual submersa no simbolismo que a própria pequena peça de roupa possui.
Viviana Debicki constrói objetos-retrato. Trabalha a sua linguagem refletindo o interno, o cotidiano e o universo paralelo de cada lar. Propura evidenciar a certeza momentânea, o segundo que já passou e o instante representável. Em sua obra, se unem tempo e ausência que resignificam os sonhos. Sonhos que se tornam realidade  e realidades que se tornam lembranças.


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Viviana Debicki, nació en el año 1961 en Buenos Aires.
Graduada por la Escuela Nacional de Bellas Artes Prilidiano Pueyrredón
y Licenciada por el Instituto Universitário Nacional del Arte.
Es profesora superior de escultura.
Vive y trabaja en Buenos Aires, Argentina.


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Luiza Mader: diálogos profundos, respostas terrenas.

 
Luiza Mader. " Série Extensões". Mista sobre Tela de Organza. 2008.

A pesquisa da artista plástica Luiza Mader se foca no desvendar da força que a matéria (plástica) possui. Inquietações, tais como, ver o tecido mole e acetinado unir-se à tinta densa e opaca lhe permitiram traçar um caminho destinado ao que parece mais natural a um artista: a materialidade. "Extensões" iniciou-se no ano 2008 nos ateliês das aulas de pintura, nas quais, a artista desabrochou sua linguagem visual e seus interesses por temáticas que envolvem a terra (que pisamos) enquanto pigmento; enquanto conceito - dada a retirada da terra de seu local de origem. Na expectativa de alterar o suporte usual do chassi e da tela de algodão preparada, Luiza descobriu na leveza do tecido organza a possibilidade de trabalhar a sua pintura, isenta do comum formato. Suspensos por fio de nailón suas "livres telas" estavam prontas para serem pigmentadas de tinta a base de pva e terra com cola, priorizando assim matizes de marrons a amarelos ocre. 
A imersão a essa pesquisa lhe proporcionou entender que o trabalho  necessitava  "respirar" melhor, alterando o suporte da tela de organza para a tela de tule. Esse respiro se permitiu devido à trama mais aberta do tecido que, associados aos pigmentos, aumentou a sensação de leveza e também do fator transparência.

 
Luiza Mader. " Série Extensões". Mista sobre Tela de Tule. 2009.

A partir do amadurecimento da técnica desenvolvida pela artista, sua curiosidade aguçou para novos confrontos, já que a tendência é ir-se aprofundando a fim de resultados sólidos, ou seja, que tragam o conforto pictórico a seu criador. Nesse sentido, Luiza Mader aproximou-se focadamente na temática que desde o início já lhe guiava, a terra (suas cores, pigmentos, texturas) - antes sumamente atrelada à pesquisa do suporte.
Em sua pesquisa por novos materiais, abdicou da tinta a base de pva e descobriu na encáustica a possibilidade de tornar a materialidade de sua obra ainda mais orgânica e de fato, mais terrosa. A cor natural da cera misturada às cores naturais de pigmentos da terra lhe favoreceram na atual série de trabalhos intitulada "Terrenos". O ponto central dessa produção é discutir a terra-produto enquanto propriedade plástica, além de re-discutir o seu local de permanência: o solo. Reaparecem os dois tecidos utilizados em "Extensões" como parte dessa mistura que revela, em meio ao emaranhado, diferentes densidades, as quais, se assemelham à  sua natural matéria.  Nesse projeto, Luiza transporta "sua terra" para a chapa de madeira  e modifica sua localização. Agora os "Terrenos" se configuram nas paredes brancas, sob o olhar padrão de um espectador. A mudança do espaço físico como conceito gera a multiplicidade de reflexões acerca dos lugares respectivos às "coisas". No trabalho de Luiza, uma reflexão profunda sobre os mistérios da terra (sua composição, suas camadas, suas cores) revelam respostas terrenas à sua poética. De certa forma, o que é acentuado na obra é a sua literal poesia, a poesia que no avesso não poderia existir sem a mão de obra do artista, a poesia que ali estava submersa no desconhecido, a poesia que agora, sobre o branco, se fez clarão. 
Ref. da última obra.: Luiza Mader. "Série Terrenos". Mista sobre Chapa de Madeira. 2009.

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La búsqueda de la artista Luiza Mader se centra en el descubrimiento de la fuerza que el material (plástico) posee. Preocupaciones tales como ver el tejido suave y satinado unirse a la gruesa pintura opaca le permitió trazar un camino para el que parece más natural para un artista: la materialidad. "Extensões" comenzó en 2008 en las clases de los talleres de pintura, en la que la artista ha florecido su lenguaje visual y sus intereses en cuestiones relacionadas con la tierra (la que andamos) como pigmento; como concepto. Con la esperanza de cambiar el chasis y tejido de algodón preparado como soportes habituales, Luiza en la ligereza de la tela de organza encontro condiciones de trabajar la pintura distante del formato común. Suspendido por nylon sus "pantallas libres" estaban listas para ser basada en pigmentos de tinta y de la tierra con cola blanca, priorizando así matices de color café a amarillo ocre.
La inmersión en esta investigación ha dado a entender que para el trabajo "respirar" mejor lo ideal fue cambiar la pantalla de organza a la pantalla de tul. Esta tregua fue autorizado debido a la trama más abierta de la tela, combinados con pigmentos, el aumento de la sensación de ligereza y también el factor de transparencia.

En su búsqueda de nuevos materiales, rechazo a la pintura a base de PVA y descubrió encáustica como la posibilidad de hacer la materialidad de su obra más orgánica y de hecho, más terrenal. El color natural de la cera mezclada con los pigmentos de color natural de la tierra a favor de la serie actual de los trabajos titulado "Terrenos". El foco de esta producción es para discutir la propiedad de la tierra como producto plástico, además de volver a su lugar de residencia: el suelo. Reaparecen las dos telas utilizadas en "Extensões" como parte de esta mezcla que, en medio del enredado aparecen diferentes densidades que se asemejan a su lugar natural.

En este proyecto, Luiza lleva "su tierra" a la placa de madera y cambia su ubicación. Ahora, la "tierra" configura las paredes blancas, bajo el patrón de ojo del espectador. El cambio de espacio físico como un concepto genera una multiplicidad de reflexiones acerca de los lugares respectivos de "cosas". En la obra de Luiza, una profunda reflexión sobre los misterios de la tierra (su composición, sus capas, su color) mostraron una respuesta a su poética. En cierto modo, que se acentúa en la obra es su poesía literal, la poesía en la espalda que no podría existir sin el trabajo del artista, la poesía que se sumerge en lo desconocido, la poesía que ahora, sobre el blanco, se convirtió en el resplandor.   
Ref. de la última obra.: Luiza Mader. "Terrenos". Técnica mixta sobre chapa de madera. 2009.
 

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Luiza Mader, 24 anos.
Brasiliense, estudante do curso
superior de Artes Plásticas na Universidade
de Brasília.
Vive e trabalha em Brasília.
+ sobre a artista: